Saiba como a Ufopa atua no Combate à Discriminação Racial em Santarém
03/07/2025
(Foto: Reprodução) Universidade estabelece mecanismos para acolher, acompanhar, apurar e prevenir casos de racismo, assédio e outras formas de violência no âmbito universitário. Unidade Rondon da Universidade Federal do Oeste do Pará em Santarém
Reprodução/Redes Sociais
Nesta terça (3) é celebrado o Dia Nacional de Combate à Discriminação no Brasil e em Santarém, no oeste do Pará, órgãos e instituições têm realizado diversas ações para promover a igualdade e combater qualquer tipo violência. Uma dessas instituições é a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
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A universidade possui uma Política para a Prevenção e Enfrentamento da Discriminação e da Violência, aprovada no âmbito do conselho superior, que estabelece mecanismos para acolher, acompanhar, apurar e prevenir casos de racismo, assédio e outras formas de violência no âmbito universitário.
De acordo com a Diretora de Ações Afirmativas, a professora Wania Alexandrino Viana, entre as medidas previstas pela política, estão a capacitação permanente de servidores e discentes em temas como comunicação não violenta, relações étnico-raciais e diversidade, além da criação de canais de denúncia e fluxos de apuração transparentes, com total garantia do sigilo e da ampla defesa.
Justiça, solidariedade e democracia
Ainda segundo Wania Alexandrino, a instituição conta ainda com forte representatividade de estudantes indígenas, quilombolas e de povos tradicionais, o que reforça seu papel como um dos espaços de maior inclusão do país, acolhendo e dando voz a grupos historicamente marginalizados.
A Ufopa tem como valor inegociável o respeito às diferenças e à dignidade humana. Combater o racismo é tarefa cotidiana, que passa por políticas institucionais, formação cidadã e espaços de escuta ativa.
“Nossa comunidade universitária está mobilizada para garantir um ambiente seguro, plural e livre de qualquer forma de discriminação. Com essas ações, a Ufopa se soma ao movimento nacional de combate à discriminação racial, contribuindo para transformar a universidade — e a sociedade — em lugares mais justos, solidários e democráticos”, contou Wania Alexandrino Viana.
Projetos acadêmicos e de extensão que promovem a equidade racial e a inclusão:
Prêmio Educador Antirracista: Promovido pelo grupo de pesquisa Afroliq coordenado pelo professor Luiz Fernando de França, que visa premiar educadores de escolas públicas que promovem ações de educação antiraracista;
Programa de Formação Continuada em Relações Étnico-Raciais, que qualifica centenas de professores da rede pública da região para uma educação antirracista e inclusiva;
Clínica de Justiça Restaurativa da Amazônia (CJUA), ligada ao Curso de Direito, atua na mediação de conflitos e na promoção de práticas restaurativas como alternativa à lógica punitivista, acolhendo especialmente demandas de grupos historicamente discriminados;
O Núcleo de Práticas Restaurativas ( Nuprare) que promove a cultura da paz, mediação de conflitos e enfrentamento à violências;
Afroteca Curumim - espaço de acolhimento infantil em perspectiva antiraracista e afrocentrada na primeira infância. Atuando também na formação dos estudantes de licenciatura. Implementado em 2024, a Afroteca Curumim, vinculada à Diretoria de Políticas Estudantis e Ações Afirmativas da Ufopa, tem apoio do Ministério da Igualdade Racial e do grupo de Pesquisa Afroliq coordenado pelo prof. Luiz Fernando de França.
Labecind - Laboratório de Estudos e Convivência Indígena. Resultado de uma parceria com o Instituto Sociedade, População e Natureza. Tem por objetivo dar apoio pedagógico aos estudantes indígenas promovendo equidade de oportunidade.
Projeto Papo Reto – Juventude Negra e Direitos Humanos, coordenado por docentes do Instituto de Ciências da Sociedade, que desenvolve rodas de conversa e oficinas sobre autoestima, identidade e enfrentamento ao racismo estrutural;
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), em fase de implantação, visa impulsionar ações de ensino, pesquisa e extensão focadas na valorização das culturas negras e indígenas, fortalecendo as pautas de reparação histórica e respeito à diversidade cultural.
Efetivação da política de Heteroidentificação nos processos seletivos de ingresso na graduação, pós-graduação e concurso público. Que promove a equidade na ocupação das vagas.
Prêmio educador antirracista: Ufopa valoriza práticas que promovem igualdade nas escolas
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